O ministro da Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, afirmou em entrevista à CNN nesta sexta-feira (17) que o tempo necessário para a reconstrução dos locais atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul irá depender de cada cidade.
A declaração foi dada em entrevista ao jornal CNN Novo Dia, exibido de segunda a sexta a partir das 6h.
“Essa pergunta é uma pergunta que tem que ser feita para os prefeitos, para o governador, porque vai depender de cada cidade”, respondeu Pimenta após ser questionado a respeito de datas para a entrega de moradias.
“Nós temos um estoque de residências que já estão prontas. A partir do momento que as prefeituras cadastrarem as pessoas e identificarem os imóveis, eles já podem ser adquiridos. Agora, esse é um trabalho que envolve as prefeituras e o governo do estado”, acrescentou.
“O governo federal vai garantir o recurso. Na medida em que os imóveis [perdidos em área alagada] forem identificados, o governo federal vai disponibilizar um recurso para que ele seja comprado.”
Ainda de acordo com o ministro, que atuava na Secretaria de Comunicação (Secom) antes de ser designado para o novo cargo, não há como afirmar com precisão quando a gestão de cada município conseguirá executar esse processo, pois as cidades estão em diferentes fases da enchente.
“Alguns municípios já começam essa nova fase, o rio já começou a baixar. Inicia-se aquilo que a gente chama de restabelecimento”, explicou Pimenta.
“Em outras regiões a chuva ainda está em um estágio de crescimento da enchente, especialmente na região sul do estado, próximo a Pelotas, Rio Grande, São Lourenço. […] Não tem como as pessoas irem para aqueles locais até o rio baixar”, concluiu.
O ministro também destacou os altos números relacionados à tragédia, e lembrou que ainda há centenas de milhares de desalojados.
“Nós ainda temos mais de 100 pessoas desaparecidas, por conta disso as operações, o trabalho de resgate não pode parar. Temos cerca de 80 mil pessoas em abrigos, o que exige uma grande logística de abastecimento, de água potável, remédios, itens de higiene pessoal. E também temos 500 mil pessoas fora de casa”, comentou.
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CNN BRASIL