O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por telefone ontem à noite que não se opõe a permanência de Jean Paul Prates na presidência da Petrobras desde que ele assuma alguns compromissos, contaram à CNN fontes do Planalto.
Silveira pediu que ele fosse menos “subserviente” ao mercado, que deixasse de atacar os conselheiros ligados ao seu ministério, que se empenhasse em cumprir os planos de investimentos, aumentando os investimentos em refino, gás e fertilizantes, e que parasse de “sabotar” a pauta de biocombustíveis no Congresso.
A concordância de Silveira com Prates no cargo representa uma reviravolta, porque o ministro de Minas e Energia vinha trabalhando para derrubá-lo, conforme fontes que acompanham o assunto de perto.
O movimento pode sinalizar, portanto, uma chance de sobrevivência de Prates. Ele tem o apoio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A conversa entre Silveira e Lula foi por telefone. Os ministros estavam de sobreaviso para uma reunião no Palácio do Planalto, mas, diante do vazamento do encontro, Lula preferiu cancelar. Participariam também Haddad e Rui Costa, da Casa Civil.
A principal aposta para substituir Prates é Aloisio Mercadante, presidente do BNDES. Aliados de Prates operam para mantê-lo na presidência da Petrobras e emplacar Mercadante no comando do conselho de administração, hoje nas mãos de um aliado de Silveira. Procurado, Silveira não comentou.
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CNN BRASIL