POLÍTICA

Saiba quem é o deputado que votou contra pedido de cassação de Chiquinho Brazāo

Apenas um dos 18 parlamentares que compõem o Conselho de Ética da Câmara votou nesta quarta-feira (15) contra o pedido de cassação do também deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).

Gutemberg Reis (MDB-RJ), natural de Xerém, em Duque de Caxias (RJ), foi quem votou contra.

A CNN entrou em contato com a equipe de Gutemberg Reis sobre o voto, mas ela disse que o deputado não iria se manifestar.

Votaram a favor:

  1. Delegado Ramagem (PL-RJ)
  2. Marcos Pollon (PL-MS)
  3. Cb Gilberto Silva (PL-PB)
  4. Ana Paula Lima (PT-SC)
  5. Jack Rocha (PT-ES)
  6. Jilmar Tatto (PT-SP)
  7. Ricardo Maia (MDB-BA)
  8. Julio Arcoverde (PP-PI)
  9. Del. Fabio Costa (PP-AL)
  10. Paulo Magalhães (PSD-BA)
  11. Sidney Leite (PSD-AM)
  12. Márcio Marinho (REPUBLICANOS-BA)
  13. Ricardo Ayres (REPUBLICANOS-TO)
  14. Alexandre Leite (UNIÃO-SP)
  15. Leur Lomanto Jr. (UNIÃO-BA)
  16. Josenildo (PDT-AP)
  17. Chico Alencar (PSOL-RJ)

Com o resultado, o Conselho abriu o processo contra Brazão. Agora, os deputados deverão analisar futuramente se cassam ou não o mandato do parlamentar.

Quem é Gutemberg Reis (MDB-RJ)

Gutemberg Reis, de 44 anos, é irmão dos políticos Washington Reis, ex-prefeito de Duque de Caxias, do deputado estadual Rosenverg Reis (MDB) e do vereador Júnior Reis (MDB), com os quais trabalhou como assessor por 20 anos.

Ele conquistou seu primeiro mandato eletivo em 2018, quando chegou ao cargo de deputado federal com 50 mil votos. Em 2022, foi reeleito com mais de 130 mil votos.

Gutemberg tem R$ 581.300 em bens declarados pela Justiça Eleitoral. Entre eles, estão empresas dos setores imobiliário e de transporte.

Ele foi indiciado pela Polícia Federal em março deste ano junto ao presidente Jair Bolsonaro por fraude no cartão de vacinação. O indiciamento surgiu da Operação Venire, da qual ambos foram alvo. O deputado nega as acusações.

Suspeita contra Brazão

Brazão é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da ex-vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes. Ele está preso desde 24 de março.

No início deste mês, o deputado foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de homicídio e organização criminosa.

A defesa de Brazão alega inocência das acusações, argumentando que ele não exercia o mandato de deputado na época dos crimes, e que o Conselho de ética deveria, antes de analisar a representação, esperar por uma decisão da Justiça sobre o caso.

O que aconteça agora no Conselho de Ética?

Agora que o relatório que propõe a denúncia de cassação foi aceito, o próximo passo do Conselho de Ética é analisar a denúncia em si.

Um novo relatório será feito pela deputada Jack Rocha (PT-ES), relatora da acusação, para se posicionar a favor ou não do fim do mandato de Brazão. Caso aprovado, o processo segue para ser analisado no plenário.


CNN BRASIL