O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), apresentou, nesta segunda-feira (7), relatório com elogios a Gabriel Galípolo, indicado para assumir a presidência do Banco Central (BC).
Como líder do governo na Casa, Jaques está alinhado à vontade do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), responsável pela indicação. A aprovação de Galípolo é uma das prioridades do Palácio do Planalto.
O documento agora abre caminho para a sabatina de Galípolo na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, marcada para esta terça-feira (8), a partir das 10h. A votação é secreta e presencial.
No parecer, Jaques Wagner discorre sobre o currículo de Galípolo e afirma que o economista não é sócio de qualquer empresa, além de ter apresentado certidões de regularidade fiscal, por exemplo.
“O seu currículo, que se encontra à disposição dos eminentes integrantes desta comissão, revela o alto nível de qualificação profissional, a sua larga experiência em cargos públicos e a sua sólida formação acadêmica, com a devida capacitação em assuntos econômico-financeiros”, afirma Jaques ao final do relatório.
“Esta comissão fica, desta forma, em condições de deliberar sobre a indicação do senhor Gabriel Muricca Galípolo para ser conduzido ao cargo de presidente do Banco Central do Brasil”, acrescenta.
Uma vez aprovada a indicação na comissão, a intenção do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é promover a votação do nome de Galípolo no plenário da Casa nesta terça à tarde, também de forma secreta e presencial. Será preciso, porém, verificar se haverá quórum suficiente para a deliberação, especialmente por ser dois dias após o primeiro turno das eleições municipais – em que os parlamentares estavam nas bases eleitorais dedicados a campanhas de aliados.
A avaliação interna no Senado é de que Galípolo deve ter o nome aprovado com relativa facilidade, sem surpresas ao longo do processo. No entanto, parlamentares da oposição afirmam que farão uma sabatina dura, com perguntas incisivas relacionadas às taxas de juros e à condução independente do Banco Central, por exemplo. A ideia é que cada um faça “seu papel” de questionar, mas não ao ponto de barrar a aprovação de Galípolo.
Galípolo foi indicado pelo presidente Lula para substituir Roberto Campos Neto, cujo mandato termina em 31 de dezembro deste ano. Atualmente, Galípolo é diretor de Política Monetária do Banco Central. Antes, era secretário-executivo do Ministério da Fazenda, já na gestão de Fernando Haddad.
Nesta segunda, véspera da análise, Galípolo esteve reunido com Pacheco e Haddad, em Brasília. Mais cedo, esteve ainda com o próprio presidente Lula no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência na capital federal.
CNN BRASIL