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Primeiro imunizante contra câncer de pele no mundo é aplicado nesta sexta (26)

Uma imunizante que pode prevenir a recorrência do melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele, está sendo testada em pacientes britânicos. Nesta sexta-feira (26/4), foram divulgadas as primeiras imagens de um homem recebendo o imunizante no mundo.

Esse homem participa da terceira fase de testes do imunizante e é o primeiro a receber o imunizante nesta rodada final prévia à aprovação do medicamento.

A injeção utiliza uma técnica semelhante à das primeiras imunizantes da Covid, a mRNA. Ela é adaptada de acordo com as células de cada paciente e tem potencial para ser usada também na prevenção de cânceres de pulmão, rins e bexiga.

O músico Steve Young, de 52 anos, foi quem deu rosto a esse avanço da medicina. Ele foi diagnosticado com um melanoma em estágio II em sua cabeça, que foi removido em 2023. O imunizante pode reduzir as chances de um retorno do câncer em seu organismo.

Steve expressou sua gratidão por fazer parte deste ensaio clínico: “Sinto-me sortudo por fazer parte deste ensaio clínico. Esta é a minha melhor chance de parar o câncer e tomar este imunizante foi um dos melhores dias da minha vida”, disse ele em entrevista ao University College London Hospitals, instituição de saúde que lidera os ensaios clínicos do imunizante no Reino Unido.

O imunizante é produzida pelas farmacêuticas Moderna e Merck/MSD. Ela deve ser usada junto com o medicamento Keytruda, um imunoterápico que potencializa sua prevenção. Nos testes de fase 2, o risco de morte por um retorno do tumor em três anos diminuiu em 44% em comparação com as pessoas que usaram apenas o remédio.

Kyle Holen, vice-presidente sênior da Moderna, destacou: “Este imunizante é um marco empolgante para visualizarmos como a terapia individualizada pode potencialmente transformar o tratamento da forma mais grave de câncer de pele no futuro.”

A tecnologia é baseada em tecnologia mRNA. O tratamento personalizado funciona dando ao corpo uma espécie de manual de instruções que ajuda a produzir proteínas capazes de neutralizar as células que, em exame prévio, foram identificadas como causadoras do câncer naquele paciente específico.

A terapia individualizada é projetada para preparar o sistema imunológico para atacar as células tumorais de cada paciente, potencializando a ação do Keytruda no organismo.

Assim como Steve, outros mil pacientes receberão o imunizante em todo o mundo nesta terceira fase do estudo, que deve durar pelo menos até 2026.

A previsão é que os resultados prévios possam embasar um lançamento experimental do imunizante ainda em 2025. O ensaio é duplo-cego, portanto há 50% de chances de que os pacientes recebam placebo em vez da injeção.

melanoma é a forma mais grave de câncer de pele, pois é a única que pode levar a metástases, afetando células profundas da pele. No Brasil, aproximadamente 1,8 mil pessoas morrem todos os anos em decorrência dessa doença, de acordo com o Ministério da Saúde.


Fonte terra brasil