A Polícia Federal definiu uma ordem de prioridades para finalizar inquéritos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A ideia é seguir esta ordem de prioridades: caso das joias sauditas, falsificação das carteiras de vacinação da Covid e suposto plano de golpe de Estado.
Cronograma da PF
- Junho: caso das joias;
- Julho: carteira de vacinação;
- Setembro: suposto golpe de Estado.
Joias sauditas
Como noticiou a CNN há duas semanas, a equipe da PF que viajou aos Estados Unidos voltou com os elementos que faltavam para finalizar o inquérito das joias sauditas.
Após visitarem quatro cidades norte-americanas, os agentes colheram, entre outras provas, imagens de câmeras de segurança das lojas onde, por exemplo, foram vendidos os relógios.
A PF buscou ainda elementos da “operação resgate”, como foi chamada a organização feita para recomprar um relógio que havia sido vendido após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).
Documentos — como anotações, notas fiscais e fotos — também foram confiscados, com autorização das autoridades norte-americanas.
A finalização deste inquérito está prevista para junho, com envio do relatório à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Carteira de vacinação
A segunda investigação para ser finalizada de acordo com o cronograma é sobre a falsificação das cadernetas de vacinação da Covid-19.
Em março, a PF indiciou Jair Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid pela fraude. O relatório foi enviado à PGR, que, em abril, pediu que o caso voltasse à PF para mais investigações.
Agora, os investigadores querem saber se a carteira falsificada com vacinação de Bolsonaro foi usada nos Estados Unidos, quando o então presidente viajou no fim do mandato.
A previsão é que esse caso seja finalizado em julho. Mas se as diligências ocorrerem antes, há possibilidade de ser ainda no fim de junho, pontuam os investigadores.
Suposto golpe de Estado
O terceiro inquérito, sobre os supostos planos de golpe, é o que demanda mais tempo à Polícia Federal pela quantidade de pessoas envolvidas, seja como testemunhas, seja como investigados.
Além de Bolsonaro, também são investigados ex-ministros e militares do Exército que faziam parte da cúpula do governo.
Esse caso deve ser finalizado em setembro e relatado ao Supremo Tribunal Federal (STF), segundo a equipe de investigação.
Em 22 de fevereiro, a PF ouviu de forma simultânea 23 pessoas, entre elas Bolsonaro, sobre o suposto plano de golpe que teria sido orquestrado após o então chefe do Executivo ser derrotado nas eleições de 2022.
Outro Lado
Sobre o caso das joias, a defesa do ex-presidente já se pronunciou em ocasiões anteriores que não praticou nenhuma ilegalidade em relação a quaisquer presentes que lhe tenham sido ofertados durante seu mandato.
Sobre os cartões de vacina, afirma que Bolsonaro jamais determinou ou soube que qualquer de seus assessores tivessem confeccionado certificados vacinais com conteúdo ideologicamente falso.
O ex-presidente também nega qualquer relação com suposto plano de golpe de Estado.
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CNN BRASIL