POLÍTICA

PF deve encerrar inquérito das joias sem indiciar Michelle Bolsonaro

A Polícia Federal fecha os últimos detalhes do inquérito que apura a venda ilegal de joias recebidas de presente pelo governo de Jair Bolsonaro.

Segundo investigadores ouvidos pela CNN, a PF deve concluir investigação até esta sexta-feira (5) e enviar o material à Procuradoria-Geral da República.

Parte das joias era presente para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Mas a PF não identificou participação dela no esquema. Por isso, não deve ser indiciada.

A lista de indiciados deve ter ao menos oito nomes, como do ex-presidente e aliados do político.

O relatório deve ser enviado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), com indiciamentos dos advogados Fábio Wajngarten e Frederick Wassef, do assessor Marcelo Câmara, além do tenente-coronel Mauro Cid e do general Mauro Lourena Cid, que fizeram parte, segundo a PF, da “operação resgate”, para reaver as joias vendidas nos Estados Unidos e devolver à União.

Em depoimento à PF no ano passado, Wassef informou ser de Wajngarten o pedido para operacionalização da recompra de um Rolex dado a Bolsonaro por autoridades durante uma visita à Arábia Saudita e ao Catar, em 2019. O item foi posteriormente levado à uma joalheria na cidade de Willow Grove, na Pensilvânia, onde foi vendido ilegalmente por Mauro Cid, de acordo com as investigações. Já Wajngarten informou à imprensa ter atuado tão somente na área de comunicação.

A CNN apurou que esse inquérito das joias sauditas será enviado juntamente ao caso das fraudes em cartões de vacina, que já está finalizado. Os dois relatórios serão entregues ao STF em conjunto, segundo fontes ouvidas. Hoje, a PF cumpriu os últimos dois mandados de busca e apreensão relacionados ao caso.


CNN BRASIL