ESPORTE

Pezzolano revela o verdadeiro motivo de sua saída do Cruzeiro

O técnico Paulo Pezzolano voltou a comentar sobre sua polêmica saída do Cruzeiro. Atualmente no Valladolid, da Espanha, o uruguaio deixou o clube celeste após o Campeonato Mineiro de 2023.

“Foi um ano muito pesado (2022 e 2023). Mas, você não pode ficar três, quatro, cinco anos no clube? Sim, pode! O que iria acontecer este ano no Cruzeiro seria super pesado. Se você contar seriam dois anos muito difíceis para mim. Sou uma pessoa que não quero errar com as pessoas que confiam em mim. Gosto de ser sincero, não quero errar”, disse, em entrevista exclusiva à Itatiaia.

Pezzolano comandou o Cruzeiro por 68 jogos. Foram 38 vitórias, 13 empates e 17 derrotas. Em 2022, foi finalista do Campeonato Mineiro, caiu nas oitavas de final da Copa do Brasil e alcançou o principal objetivo do clube, o retorno à elite do Brasileiro, com a conquista do título da Série B.

Em 2023, foi eliminado pelo América-MG nas semifinais do Campeonato Mineiro.

“Eu fui no momento mais difícil, Segunda Divisão, pressão para subir. Sei como foi. Viria outro ano que seria super pesado novamente, pelo momento financeiro que atravessava. Eu não sabia se estava apto para sofrer isso tudo novamente. Não queria errar, preferi sair. Começar novamente seria pesado”, reiterou.

Cabeça pesou

Quando anunciou sua saída do clube, Pezzolano disse que não estava 100%. Por isso, ele pediu para sair. O treinador explicou sobre o tempo entre sua saída e a chegada de outro comandante.

“Procuraram um treinador para esse momento e eu ia ficando no Campeonato Mineiro. Isso era o melhor para o clube, não errar, continuar um caminho. Não era levar alguém rápido, começar algo rápido. Falaram que era melhorar uma troca antes, não no Campeonato Mineiro. Fiquem tranquilos que o trabalho já estava, a equipe corria, estava intensa. A ideia de jogo era similar. Se olhava o que fazia o Pepa, era muito similar, estava tudo bem pensado por Paulo André, Pedro Martins, Gabriel Lima, Ronaldo, estava muito pensado”, detalhou.

Do anúncio da contratação de Pepa, substituto de Pezzolano, até a saída do treinador, foram cinco meses de trabalho do português.

“Depois, quando decidem trocar (Pepa), aí é outro momento, o treinador sabe o que pode passar. Talvez não conseguiu o que queria o clube ou outra coisa que não sabemos, e trocam o treinador. Mas, estava muito pensado, se você olha para o Cruzeiro no começo do ano, continuaram o que tínhamos deixado. Trocaram a cabeça, mas a ideia era a mesma. Essa foi a ideia, e acho que se deu muito bem. Fisicamente a equipe estava bem, foi correndo, intensa, não preocupei”, detalhou.

Mineiro foi laboratório

Detalhe importante ressaltado por Pezzolano, é que o Campeonato Mineiro foi laboratório para o Brasileirão.

“No Campeonato Mineiro não conseguimos o resultado, mas estávamos pensando no Campeonato Brasileiro. Porque, cometi o erro, o Pezzolano era burro, colocou Bilu de lateral-esquerdo. Estava tentando preparar jogadores que se adaptariam ao que o clube necessitaria naquele momento, a um futuro imediato, porque o Kaiki seria convocado. Eu estava arrumando tudo para o futuro do Cruzeiro”, explicou algumas mudanças criticadas à época.

“Se eu fosse egoísta, não colocaria Bilu como lateral-esquerdo. Eu pensei no Cruzeiro, no futuro, na Série A, não era no Campeonato Mineiro. Quando você olha para trás, compreende muita coisa que fizemos para o melhor do Cruzeiro, que era ficar na Série A. Quando ficou na Série A, fiquei muito feliz. Por que se não dá certo, seria o começo ruim, mas o começo foi muito bom, tudo muito pensando. Fiquei muito feliz por isso”, finalizou.


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