O governo anunciou uma nova regra que pode retirar do mercado geladeiras abaixo de R$ 4.000, deixando apenas as mais caras disponíveis. A mudança visa eliminar modelos ineficientes em termos de eficiência energética. A indústria prevê que os preços podem ultrapassar R$ 5.000. A decisão impactará diretamente o bolso dos consumidores, tornando mais difícil encontrar geladeiras mais acessíveis. A partir de janeiro, a produção e importação de geladeiras com eficiência energética abaixo de 85.5% não será permitida, e esse índice aumentará para 90% em 2026.
A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos alerta que a medida pode retirar 10% dos volumes de geladeiras do mercado já no próximo ano. Até 2026, 83% das geladeiras atuais não estarão mais disponíveis para venda devido a esses critérios. O presidente da associação afirma que apenas geladeiras com valor acima de R$ 4.000 permanecerão no mercado, o que afetará negativamente a população de baixa renda.
O governo, no entanto, rebate as preocupações da indústria, afirmando que todos os aparelhos atualmente fabricados atendem aos critérios estabelecidos. O ministro destaca que a primeira fase de ajuste, a partir de janeiro, não retirará produtos do mercado. Além disso, argumenta que o foco deve ser na eficiência energética, destacando que a conta de energia é o verdadeiro desafio para a população de baixa renda.
Fonte: Estadão