POLÍTICA

Marina Silva deve voltar ao Congresso Nacional após 1º turno das eleições

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, deve retornar ao Congresso Nacional para ser ouvida sobre a situação das queimadas, que se espalham pelo país. Desta vez, ela deve falar aos integrantes da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara.

O presidente do colegiado, Rafael Prudente (MDB-DF), afirmou à CNN que está ajustando uma data com a ministra após o primeiro turno das eleições municipais. Por causa do envolvimento dos parlamentares nas disputas regionais, a Câmara não terá sessões nas próximas semanas.

 

 

O requerimento de convite para Marina Silva foi apresentado pelo próprio Prudente e aprovado no dia 28/08. A ideia é que a ministra preste esclarecimentos sobre o aumento dos índices de queimadas no Brasil, bem como sobre o corredor de fumaça que se formou no país desde o dia 23 de agosto, segundo aponta o documento.

Como se trata de um convite e não de uma convocação, a ministra não é obrigada a comparecer. Marina Silva, no entanto, não costuma apresentar resistência aos chamados do Congresso Nacional.

Recentemente, a ministra esteve na Comissão de Meio Ambiente do Senado (CMA) e fez diversos alertas sobre impactos futuros da situação climática no Brasil para o pantanal e outros biomas.

“Segundo os pesquisadores, se continuar o mesmo fenômeno em relação ao Pantanal, o diagnóstico é de que poderemos perder o Pantanal até o fim deste século. Isso tem um nome: baixa precipitação, alto processo de evapotranspiração, não conseguindo alcançar a cota de cheia, nem dos rios nem da planície alagada. E, portanto, a cada ano se vai perdendo cobertura vegetal. Seja em função de desmatamento ou de queimadas. Você prejudica toda a bacia e, assim, segundo eles, até o final do século nós poderemos perder a maior planície alagada do planeta”, alertou aos senadores.

A ministra também alertou para o elemento humano nos incêndios que se espalham pelo país. A Polícia Federal abriu mais de 30 inquéritos para investigar a origem das queimadas em diversas localidades do país.

Marina Silva cobrou ainda que os parlamentares enviem mais recursos aos estados por meio de emendas parlamentares. “Eu acho que essa é uma batalha que ela não é de esquerda, não é de direita, não é de oposição, não é de situação, quando se não é negacionista e se quer trabalhar. Que olha para um cenário como aquele e não pode jogar fogo no paiol e depois dizer por que você não apagou o fogo”, ponderou a ministra.

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CNN BRASIL