O Banco Central (BC) orientou que as cédulas (ou notas) da primeira família do real, lançadas em 1994, sejam retidas pelos bancos e substituídas pelas cédulas mais novas, da segunda família, lançadas em 2010.
A primeira família é composta por notas nos valores de R$ 1, R$ 5, R$ 10, R$ 50 e R$ 100, incluindo a cédula comemorativa de R$ 10 alusiva aos 500 Anos do Descobrimento do Brasil. Essas notas não são mais produzidas, apesar de ainda serem aceitas em todo o território nacional.
Uma instrução normativa do BC publicada na última quarta-feira (10/7) determinou que, quando do recebimento, as instituições financeiras deverão encaminhar esse grupo de cédulas antigas à autoridade monetária para serem substituídas por notas novas.
“Considerando o tempo de vida útil destas cédulas, é de se supor que suas condições físicas não estejam adequadas à circulação”, diz o BC, em nota. O Plano Real acabou de completar 30 anos em 1º de julho.
A ideia é que, gradativamente, as notas da segunda família se tornem predominantes no país. Ainda não há prazo para retirada de circulação de notas da primeira família.
“Importante salientar que essas notas permanecem com o seu poder de compra, e a população pode continuar utilizando-as normalmente nas suas transações diárias, tanto para pagamentos como recebimentos”, enfatiza a autoridade monetária.
Segundo o BC, as cédulas da primeira família ainda representam 3% do total circulante.
Cédulas desgastadas e em mau estado também dificultam o reconhecimento de seus elementos de segurança por parte da população e também dificultam operações de equipamentos bancários que utilizam cédulas (caixas eletrônicos, máquinas contadoras ou selecionadoras e outros).
O design das cédulas da primeira família do real é o seguinte:
R$ 1: beija-flor alimentando filhotes em um ninho (na cor verde);
R$ 5: garça (na cor violeta);
R$ 10: arara (na cor carmim);
R$ 50: onça-pintada (na cor marrom);
R$ 100: garoupa (na cor azul-turquesa).
Há ainda a cédula comemorativa de R$ 10, lançada no ano 2000, que não apresenta nenhum animal da fauna brasileira, mas a efígie de Pedro Álvares Cabral, navegador português que descobriu o Brasil em 22 de abril de 1500.
A segunda família do real foi criada para agregar elementos gráficos e antifalsificação mais modernos. Ela entrou em circulação há 14 anos, em 2010.
As cédulas são caracterizadas por exibir a efígie da República de um lado e animais da fauna nacional de outro. As notas da segunda família do real têm tamanhos diferenciados.
Fonte: Metropóles