POLÍTICA

Jornada reduzida: escala 4×3 é viável no Brasil? Deputados debatem

Os deputados federais Reginaldo Lopes (PT-MG) e José Medeiros (PL-MT) debateram, no CNN Arena (de segunda a sexta, 18h) desta segunda-feira (11), se a redução de jornada de trabalho é viável no Brasil.

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) tem recolhido assinaturas para protocolar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da escala 6×1 — ou seja, de uma folga a cada seis dias de trabalho. A proposta é que a jornada de trabalho passe de 44 horas para 36 horas semanais.

“Revolução”

Ao defender a redução, Lopes falou “que o Brasil está vivendo uma revolução tecnológica, o mundo está vivendo uma revolução tecnológica”. “Acho que chegou o momento desses ganhos serem compartilhados com os trabalhadores”, disse o deputado, que já havia apresentado uma proposta no mesmo sentido em 2019.

Para ele, essa é uma política de ganha-ganha, citando a redução da jornada para 4×3 — quatro dias trabalhados e três de folga — e a experiência de empresas que já a adotaram.

“As empresas que participaram ganharam mais competitividade, mais produtividade com seus trabalhadores. Portanto, eu sou a favor da redução para compartilhar esses ganhos com o povo brasileiro, com os trabalhadores brasileiros”, comentou.

“Preocupação”

Medeiros, por sua vez, se posiciona contra a proibição da jornada 6×1, lembrando que, na reforma trabalhista, o Congresso discutiu a “possibilidade de haver consenso, de haver a maior liberdade possível no ambiente de trabalho”. “E a nossa preocupação é quando o Estado se mete, obrigando”.

Segundo ele, sua preocupação é “com o emprego” e que haja “uma ampla discussão em que o Estado não imponha”.

“Se a gente, de repente, começa a impor medidas a fórceps, é bem perigoso que, no fundo, a gente prejudique quem busca melhorar a vida, melhorar a situação, que é o trabalhador”, completou, falando do receio de cortes em salário em razão da diminuição das horas trabalhadas.

O que muda com a decisão do STF sobre CLT para servidor público?


CNN BRASIL