A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou, em meio a uma manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), que está “em vias de conclusão” a investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito a fim de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.
A informação aparece na decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou, em 16 de maio, a soltura do coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, conforme noticiado pelo analista Caio Junqueira.
Na decisão em questão, Moraes cita a manifestação da PGR sobre a necessidade de manutenção da prisão do coronel, que inclui o trecho sobre a eventual conclusão do inquérito.
“A eficiente atuação da Polícia Federal desarticulou o grupo criminoso investigado e reduziu a percepção de risco para a ordem pública. No tocante à investigação criminal, foram concluídas as medidas cautelares de busca e apreensão pessoal deferidas nos autos, garantindo-se a preservação do conteúdo de documentos e dispositivos relevantes para as investigações”, disse a PGR.
“Os depoimentos dos principais alvos foram colhidos e a investigação encontra-se em via de conclusão, o que reduz a possibilidade de interferências indevidas na persecução penal”, acrescenta.
No fim, a Procuradoria informa, em referência à situação de Marcelo Câmara, que a “ordem pública e a investigação criminal poderão ser resguardadas por medidas menos gravosas do que a prisão” e sugere a imposição de medidas cautelares.
Com a decisão, Câmara foi solto, mediante o uso de tornozeleira eletrônica, entrega do passaporte e proibição de utilização das redes sociais. Ele estava preso desde 8 de fevereiro, quando foi alvo na Operação Tempus Veritatis, que mira o grupo que teria participado da tentativa de golpe.
Publicado por Marcelo Freire, com informações de Caio Junqueira
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