O governo brasileiro deve adotar cautela e evitar pronunciamentos sobre a desistência da candidatura à reeleição do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Neste primeiro momento, a avaliação do corpo diplomático brasileiro é que seria melhor esperar a indicação oficial do partido Democrata, já que o próprio Biden indicou que falará à nação nos próximos dias.
Integrantes do governo entendem que o processo de desistência deve ter sido “doloroso” para o presidente americano, mas ao mesmo tempo analisam que a decisão de Biden, neste domingo (21), cria uma expectativa para construção de candidatura competitiva.
A sinalização feita por Biden em apoio a vice-presidente Kamala Harris é vista com “bons olhos”. Interlocutores de Lula afirmam que seria um perfil importante e competitivo, pela representatividade.
Do outro lado, há ainda apreensão por uma possível vitória de Donald Trump. Para integrantes da diplomacia, uma vitória do ex-presidente seria uma “tragédia”, principalmente para a pauta ambiental.
Um dos exemplos citados é que o Brasil sediará a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas em 2025 (COP 25) e um governo com uma agenda contrária aos interesses de combate aos extremos do clima poderia trazer poucos avanços para a discussão global.
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CNN BRASIL