Na quarta-feira (6/11), uma publicação da deputada Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT, no X (antigo Twitter) recebeu uma nota de contexto adicionada por usuários. Gleisi criticou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, levando-a a 11,25%.
No entanto, ela não mencionou que a decisão foi unânime, incluindo o voto favorável de Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a presidência do Banco Central em 2025.
Gleisi é uma das principais vozes críticas dentro do PT contra a política de juros do Banco Central, especialmente em relação ao atual presidente, Roberto Campos Neto. Ela frequentemente o associa ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusando sua gestão de “sabotar” o crescimento econômico no governo Lula.
Copom mantém a sabotagem à economia do país e eleva ainda mais os juros estratosféricos. Irresponsabilidade total com um país que precisa e quer continuar crescendo.
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) November 6, 2024
Por que o Copom optou por elevar a taxa de juros?
A decisão de aumentar a Selic foi tomada de forma unânime por todos os membros do Copom, incluindo Gabriel Muricca Galipolo, indicado para presidir o Banco Central. Esse ajuste na taxa de juros é visto como uma medida necessária para conter a inflação crescente, mesmo que a curto prazo possa inibir o crescimento econômico. O aumento de 0,5 ponto percentual na taxa é o mais significativo desde maio de 2022.
A inflação, impulsionada por fatores internos e externos, pressiona o Banco Central a tomar medidas que possam desacelerar o aumento dos preços. O ambiente econômico global, especialmente nos Estados Unidos, também tem enfrentado desafios que influenciam as decisões de política monetária no Brasil.
Qual é o papel do Banco Central neste cenário econômico?
O Banco Central, atualmente sob a presidência de Roberto Campos Neto, tem sido alvo de críticas por parte do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e seus aliados, que defendem uma redução dos juros. Campos Neto, que está em fim de mandato, foi mantido no cargo pela estabilidade que a função proporciona. Seu substituto escolhido é Gabriel Galípolo, que já votou a favor do recente aumento.
Além de controlar a inflação, o Banco Central analisa diversos fatores internos que podem influenciar a economia do país. A instituição é essencial para a manutenção da estabilidade econômica e para a criação de um ambiente favorável ao crescimento sustentável no longo prazo.
Como a alta da taxa Selic afeta o mercado e a população?
Com o aumento da Selic, o custo do crédito tende a subir, o que pode desestimular o consumo e o investimento. Setores da economia que dependem de financiamentos, como o imobiliário e o automotivo, podem sentir os efeitos de forma mais acentuada. Para a população, isso se traduz em financiamentos mais caros e, possivelmente, uma redução no poder de compra devido ao aumento geral dos preços.
No entanto, a medida também pode beneficiar aqueles que possuem investimentos em renda fixa, já que os rendimentos atrelados à taxa Selic tendem a melhorar. O ajuste da política monetária é uma tentativa de balancear o combate à inflação sem comprometer demais o crescimento econômico.