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A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) finalizou o inquérito sobre a morte da influenciadora Aline Maria Ferreira e indiciou Grazielly da Silva Barbosa por cinco crimes. Este caso trágico levanta preocupações sobre a prática ilegal de procedimentos estéticos no Brasil. Aline, uma modelo de 33 anos, faleceu em decorrência de complicações após um procedimento estético realizado em julho de 2024, em Goiânia.
Segundo a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), Grazielly não possuía formação na área de saúde, mas executava procedimentos complexos como biomédica. O inquérito revelou que ela usou polimetilmetacrilato (PMMA) para preenchimento no glúteo de Aline, uma prática contraindicada pela Anvisa. Além disso, impediu o devido atendimento médico à vítima, agravando a situação.
Afinal, o que aconteceu com a influenciadora?
O procedimento que resultou na morte de Aline foi realizado na clínica Ame-se, no centro de Goiânia. Apesar de inaugurada há menos de um ano, a clínica de Grazielly operava sem alvará de funcionamento. Após a morte de Aline, no dia 2 de julho de 2024, a Polícia Civil prendeu Grazielly, e a clínica foi interditada pela Vigilância Sanitária. A decisão ocorreu um dia após o falecimento de Aline por uma infecção generalizada resultante do uso inadequado de PMMA.
Como funciona o polimetilmetacrilato (PMMA) e quais os riscos?
O PMMA é um composto utilizado para preenchimentos corporais, mas sua aplicação em grandes volumes pode causar complicações graves. Odeixado pelas autoridades de saúde para uso em determinadas áreas e com restrições. Complicações como granulomas, infecções e até embolia são riscos associados ao uso indevido da substância. Neste caso, o uso inadequado e a falta de assistência médica adequada contribuíram para a infeliz morte de Aline.
Quais são as acusações contra a falsa biomédica?
Grazielly foi indiciada por:
- Homicídio com dolo eventual: Quando se assume o risco de matar.
- Exercício ilegal da medicina: Praticar a medicina sem a devida qualificação.
- Execução de serviço de alta periculosidade: Realizar procedimentos sem medidas de segurança adequadas.
- Indução do consumidor ao erro: Enganar clientes sobre sua qualificação profissional.
- Falsificação de produtos farmacêuticos: Uso de produtos não certificados ou ilegais.
Atualmente, Grazielly encontra-se em prisão domiciliar após decisão do Ministro Alexandre de Moraes, devido a circunstâncias familiares atenuantes.
O que podemos aprender com este trágico incidente?
Este caso destaca a importância da regulamentação e fiscalização rigorosa em procedimentos estéticos. O público deve sempre verificar as qualificações de profissionais antes de realizar qualquer intervenção médica estética. A tragédia de Aline Maria Ferreira serve como um alerta sobre os riscos de optar por tratamentos com profissionais não qualificados e a necessidade de os consumidores estarem bem informados e protegidos contra práticas perigosas.
O espaço para que a defesa de Grazielly apresente sua versão dos fatos permanece aberto, e a sociedade aguarda por justiça e medidas que evitem futuros ocorridos como este.
Fonte terra brasil