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Ex-repórter da Record quebra o silêncio e faz denúncia de assédio na Prefeitura do RJ

Cristina Cruz, ex-repórter da Record, utilizou suas redes sociais para compartilhar detalhes sobre os abusos que sofreu enquanto trabalhava na Prefeitura do Rio de Janeiro, destacando o impacto negativo em sua saúde mental.

Em uma série de stories no Instagram, Cristina relatou ter sido vítima de assédio sexual e moral durante seu tempo na Prefeitura. Ela descreveu um episódio em que uma colega de trabalho a menosprezou, dizendo: “Não me traga seus problemas, você vive tendo ‘tiuti’.” O impacto foi tão severo que Cristina precisou ser hospitalizada.

“Hoje estou, novamente, na cama, após uma mulher do meu trabalho dizer: ‘Não me traga seus problemas, você vive tendo tiuti’. Após isso, eu surtei e fui direto pro hospital. Hoje mal consigo me levantar e uma equipe médica está chegando aqui em casa”, iniciou a jornalista.

“Não se trata uma pessoa em depressão assim. Mas ela é chefe, tem poder. E eu, apenas uma ex-funcionária. Porque eu não piso mais lá nem por decreto. Depressão não é ‘tiuti’. E amanhã você vai receber o laudo que você me pediu pra provar que eu tenho tiuti, fique tranquila.”

A jornalista ironizou a situação, ressaltando que a depressão não deve ser tratada com descaso. Ela enfatizou a crueldade de sua chefe, que a deixou incapaz de se levantar da cama após semanas de luta contra a doença.

“Quanto vocês acham que dói expor isso??? Quanta vergonha??? Esse cara espalhou pra prefeitura que eu era louca. Hoje ele é candidato a vereador da cidade. Duas funcionárias me levaram para o hospital, onde fiquei sozinha e voltei para casa de Uber. Foi aí que minha depressão começou. E depois as coisas só pioraram”, confessou.

Cristina também abordou a impunidade e a falta de apoio às vítimas de assédio. Determinada a buscar justiça, ela expressou sua disposição para lutar, mesmo após deixar o emprego na prefeitura. Cristina finalizou seu desabafo enfatizando a necessidade de justiça para as vítimas de assédio, que muitas vezes enfrentam consequências profissionais mesmo após denunciarem os abusos.


Fonte terra brasil