Em 16 meses desde que iniciou seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não visitou nove estados.
Ainda neste segundo trimestre, Lula pretende intensificar o roteiro nacional em razão das eleições municipais, a serem realizadas em outubro, e passar por todos os estados, incluindo os nove que ainda não receberam o presidente até agora.
Lula ainda não visitou neste mandato:
- Santa Catarina,
- Acre,
- Alagoas,
- Amazonas,
- Goiás,
- Piauí,
- Rio Grande do Norte,
- Rondônia,
- e Tocantins.
A falta de agendas do presidente nesses estados reforça, em parte, o cenário da última corrida pelo Planalto. Dos nove estados, Lula perdeu para Jair Bolsonaro (PL) em quatro deles. São eles: Acre, Goiás, Rondônia e Santa Catarina.
Neste ano, por exemplo, a equipe presidencial chegou a rascunhar uma viagem de Lula à Santa Catarina, estado que tem o bolsonarista Jorginho Mello (PL) como governador. A agenda, porém, precisou ser postergada.
Em meio à queda de popularidade do governo, porém, o presidente precisou recalcular a rota e adiar alguns compromissos. Com isso, ele não inovou nas agendas e repetiu roteiros já conhecidos, como estados com reduto eleitoral petista.
Lula intensificou as agendas nacionais em março e revisitou estados em que já havia cumprido agenda ao longo dos últimos meses, como Rio Grande do Sul, Pará, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará.
O Palácio do Planalto já tinha como estratégia aumentar as agendas internas, mas o plano foi acelerado depois da queda na aprovação do governo.
Ainda que a ideia seja visitar todos os estados até o fim do primeiro semestre, Lula cumpriu até agora agenda em apenas dois estados que não havia visitado em 2023:
- Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país e estado onde Lula perdeu para Bolsonaro em 2022,
- e Mato Grosso do Sul, onde esteve na sexta-feira (12) para uma agenda voltada ao agronegócio.
Com o plano de aumentar a popularidade do governo, o Planalto deve anunciar, ao longo de abril, medidas voltadas para a população de baixa renda.
A ideia é que os novos anúncios também foquem na ampliação do acesso à água em áreas rurais e na regularização de assentamentos.
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CNN BRASIL