O Diretório do Partido dos Trabalhadores (PT) de São Paulo recusou prévias para definir a vice de Guilherme de Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo e aprovou a filiação de Marta Suplicy à sigla.
As decisões foram tomadas após reunião da executiva da sigla na cidade nesta terça-feira (16). Foram 12 votos sim, um não, uma abstenção e duas ausências.
“Se aparecer um nome nesse meio tempo, essa decisão será tomada pelo Diretório Municipal e não em processo de prévia”, afirmou Laércio Ribeiro, presidente municipal do PT-SP.
A ex-prefeita, que foi convidada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ser vice de Boulos, ainda não tem data para ser filiada. Ela retornará ao partido após mais de oito anos.
De acordo com Ribeiro, Marta será convidada para participar de um “processo de escuta”.
“Vindo aqui na direção municipal, conversando com as bancadas municipal, estadual e federal. E, a depender do calendário, conversará com a base partidária”, explicou o presidente da sigla em São Paulo.
Documento de Suplicy
Durante a reunião, foi acatado pelo diretório um documento do deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) que sugere a aprovação de Marta como vice de Boulos.
Anteriormente, Suplicy chegou a recomendar prévias para a escolha para o cargo, recomendando a vereadora Luna Zarattini e a deputada federal Juliana Cardoso, que optaram por continuar em seus cargos.
“Não havendo outra pré-candidata, resolvemos apoiar a chapa Guilherme Boulos/Marta Suplicy, na expectativa de que venha a realizar uma entusiasta campanha e uma administração que seja caracterizada por forte participação popular, total transparência e correção em seus atos”, diz o documento assinado pelo deputado estadual.
Em entrevista à CNN, Suplicy explicou que se reuniu com Marta e tiveram um diálogo “sobretudo visando um maior respeito entre nós, os três filhos, os sete netos e tudo o que está por acontecer”.
O parlamentar explicou que quando a ex-prefeita se filiar novamente ao partido, terá a “oportunidade esclarecer tudo aquilo que aconteceu em sua vida política”, como no momento que foi “a favor do impedimento da presidenta Dilma e em outras votações que foram diferentes daquelas que eram a diretriz do Partido dos Trabalhadores”.
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CNN BRASIL