A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre bets irregulares deve analisar, nesta terça-feira (26), um requerimento de convocação do cantor Gusttavo Lima.
O pedido foi apresentado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-RS), relatora da CPI.
No requerimento, Soraya mencionou que o cantor está “diretamente ligado a campanhas publicitárias financiadas por grandes empresas de apostas”. “Sua convocação é essencial para esclarecer o nível de envolvimento com esse mercado, incluindo possíveis recebimentos irregulares ou participação em ações consideradas antiéticas ou ilegais”.
Soraya também pediu que o Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) compartilhe com a CPI as informações de relatórios de inteligência financeira (RIFs) de Gusttavo Lima.
Também foram solicitados os dados de RIFs da empresa Balada Eventos e Produções LTDA., da qual Gusttavo Lima é sócio. Todos os requerimentos serão analisados pelos membros da CPI.
Outros requerimentos
Ainda nesta terça, o colegiado deve analisar um requerimento de convocação de Giovanni Rocco Neto, secretário nacional de Apostas Esportivas do Ministério do Esporte.
Também estão na pauta da sessão convites ao empresário e influenciador digital Felipe Neto e a especialistas e autoridades que atuam no setor de apostas on-line.
Na semana passada, a CPI aprovou requerimentos de convocação de diversos famosos, como as influenciadoras Gkay e Deolane Bezerra e os cantores Wesley Safadão e Jojo Todynho.
Com a convocação, os artistas e influenciadores chamados serão obrigados a prestar depoimento ao colegiado — a não ser que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorize a ausência.
Oitivas
A reunião deliberativa dessa terça-feira conta com 29 requerimentos em pauta. Após as votações, os senadores devem ouvir os depoimentos de cinco convidados:
- Fernando Oliveira Lima (CEO da empresa One Internet Group);
- Marcus da Silva (diretor do grupo Entain e proprietário do Sportingbet);
- Erik Salum (delegado de polícia do Distrito Federal);
- Paulo Gustavo Gondim Borba Correia de Sousa (delegado e diretor integrado metropolitano da Polícia Civil de Pernambuco);
- João Studart (CEO da empresa Bet Nacional).
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