A Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado Federal deve ouvir o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira na primeira semana de setembro. A senadora Tereza Cristina (PP-MS) informou que “o chanceler será ouvido após compromissos internacionais nas Filipinas”.
A comissão se mobiliza para que esclarecimentos sobre as eleições venezuelanas sejam dados por parte de integrantes do governo brasileiro.
O objetivo é entender o posicionamento do Brasil em relação ao resultado do pleito, que foi questionado pela oposição venezuelana e integrantes da comunidade internacional.
Vieira tem atuado como intermediador do assunto. Antes de embarcar rumo às Filipinas, ele foi à Colômbia e se reuniu com o chanceler Luis Gilberto Murillo com a intenção de promover um diálogo entre Nicolás Maduro e Edmundo González, candidato da oposição que diz ter ganhado a eleição de 28 de julho.
Celso Amorim na Comissão
O assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, foi o primeiro a prestar esclarecimentos na comissão do Senado.
Reiterando a posição do governo federal sobre a importância da divulgação das atas eleitorais, Amorim foi questionado sobre a possibilidade de o Brasil defender novas eleições na Venezuela.
Em resposta aos senadores, ele explicou que “se ambos os lados dizem que venceram, por que não realizar outra eleição em que se possa evitar os problemas que, dizem, contaminaram essa eleição?”.
A tese não é bem vista pelos parlamentares de oposição. Integrantes da Comissão explicaram que o processo eleitoral não é confiável e que uma nova eleição não é razoável.
A senadora Tereza Cristina argumentou dizendo que “quem cuida de tudo lá é o Maduro”.
“Ele controla todos os tribunais, Forças Armadas, tudo. Sem chance de ser razoável (um segundo turno)”, complementou a senadora.
CNN BRASIL