Na última quinta-feira, o Conselho Monetário Nacional anunciou uma decisão histórica que impactará diretamente milhões de brasileiros endividados no cartão de crédito. A partir de 3 de janeiro de 2024, entra em vigor uma nova regulamentação que limita os juros no rotativo do cartão de crédito a, no máximo, 100% do valor da dívida.
Essa medida vem como resposta a anos de reclamações dos consumidores, que se viam presos em uma espiral de dívidas devido às taxas estratosféricas cobradas pelos bancos. Com a mudança, em casos de atraso na fatura, os juros não poderão ultrapassar o montante da própria dívida, proporcionando um alívio significativo aos que se encontram nessa situação.
A nova regra busca desencorajar o uso irresponsável do crédito rotativo, especialmente quando os consumidores deixam de quitar a parcela no dia do vencimento, sendo então levados aos juros que muitas vezes ultrapassam 400% ao ano. Com a mudança, a expectativa é que as pessoas pensem duas vezes antes de entrar no rotativo e busquem alternativas mais sustentáveis para gerir suas finanças.
Além disso, uma mudança adicional pode impactar o cenário do parcelamento no cartão de crédito. Enquanto alguns bancos defendem o fim ou a limitação das parcelas sem juros, entidades ligadas ao comércio se opõem, alegando que essa opção é fundamental para consumidores e comerciantes.
Os defensores do parcelamento sem juros argumentam que essa facilidade é essencial tanto para o consumidor quanto para o comércio, simplificando o processo de venda. Os bancos, por outro lado, buscam restringir essa prática, incentivando os consumidores a buscar crédito de forma mais cara e burocrática.
Diante dessas mudanças significativas no cenário financeiro, é importante que os consumidores estejam atentos e tomem decisões conscientes ao utilizar o cartão de crédito. A nova regulamentação visa não apenas proteger os consumidores, mas também promover uma relação mais saudável entre os clientes e as instituições financeiras.
fonte: SBT NEWS
