Alvo da operação “Spot-fixing”, da Polícia Federal (PF), o atacante do Flamengo Bruno Henrique pode ser ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado.
Logo após a divulgação da operação realizada pela PF em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Distrito Federal, agentes do Ministério Público do Rio de Janeiro e do Ministério Público de Minas Gerais, o vice-presidente da CPI, senador Eduardo Girão (Novo-CE), apresentou um requerimento de convite ao jogador do Flamengo.
No documento, o senador cita os pontos da investigação e conclui que “por tais razões, considera-se que o depoimento do Sr. Bruno Henrique Pinto (jogador de futebol), permitirá a elucidação de diversos aspectos relacionados ao objeto de investigação da presente Comissão”.
A partida em questão foi disputada em 1º de novembro do ano passado, pela 31ª rodada do Brasileirão, contra o Santos. Em uma virada no Mané Garrincha, o clube paulista venceu por 2 a 1.
De acordo com a investigação do MP, Bruno Henrique teria agido de maneira deliberada para receber um cartão com o objetivo de beneficiar familiares em apostas esportivas. O atacante foi expulso já nos acréscimos do segundo tempo, após reclamar com o árbitro.
O requerimento ainda tem que ser votado pelos membros da CPI na próxima reunião.
O Flamengo se posicionou na manhã desta terça-feira (5) sobre a investigação.
“O Clube de Regatas do Flamengo tomou conhecimento, nesta data, da existência de uma investigação, ainda em curso, versando sobre eventual prática de manipulação de resultados e apostas esportivas”, diz a nota.
“O atleta segue exercendo suas atividades profissionais normalmente. Treina e viaja com a delegação nesta terça-feira, para Belo Horizonte”, completou o clube.
Sobre a investigação, a defesa de Bruno Henrique informou à CNN que não irá se pronunciar, por enquanto.
CNN BRASIL