POLÍTICA

Brasil deveria focar em “simplificar“ e “desburocratizar“ negócios, diz Wesley Batista

Em evento neste sábado (12), Wesley Batista, acionista do grupo J&F, afirmou que o país deveria focar em uma agenda de desburocratização para garantir melhorias aos empreendedores do país. O empresário participou de um painel no II Fórum Esfera Internacional, em Roma, na Itália.

“Sem dúvida nenhuma, o papel institucional de um país, como as coisas estão indo, influencia [para os empresários]. Mas no fundo a gente olha para tocar o negócio um pouco independente disso”, começou.

Sua ressalva, porém vai para a questão da burocracia. “Tem uma coisa que o Brasil tinha [que fazer], na nossa visão, para melhorar a forma de empreender: é desburocratização. O Brasil tinha que ter uma agenda focada nisso”, afirmou.

Segundo o empresário, nas condições atuais, “é complexo atuar no Brasil”. “Claramente, para nós, o Brasil tinha que ter um foco absoluto, como simplificar e como desburocratizar”, acrescentou.

Apesar disso, Batista afirmou que acredita que os resultados brasileiros devem melhorar, ano a ano.

“O Brasil cresce, tem 200 milhões de habitantes, com um mercado consumidor gigantesco, instituições super bem estabelecidas. Então, estamos otimistas e achamos que o ano que vem será melhor do que 2024, como 2024 está sendo melhor, na nossa visão, do que 2023.”

Em outro momento da discussão, o integrante do Conselho de Administração da JBS citou como exemplo de processos a serem desburocratizados a tributação de produtos que são deslocados nas regiões do país.

“Por exemplo, em São Paulo, que não é hoje um grande produtor de milho. Você traz grão do Mato Grosso do Sul, do Mato Grosso, você paga o ICMS lá na origem. Chega, credita, você exporta o frango, está lá acumulando. E aí gera a judicialização tributária. E aí é a guerra fiscal, um estado não reconhecendo o outro”, afirmou.

“Sem dúvida nenhuma nós estando caminhando. Logicamente tem muita coisa que pode ser simplificada, de coisa mais simples”, e não apenas reformas estruturais, avaliou.

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CNN BRASIL