A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) abriu um procedimento para apurar por que equipamentos do órgão ainda estariam em posse do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Chefe da Abin entre de julho de 2019 a março de 2022, Ramagem é alvo de investigação da Polícia Federal (PF) por suposto monitoramento ilegal durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Durante busca e apreensão nos endereços ligados ao parlamentar na quinta-feira (25), a PF apreendeu um celular e um notebook pertencentes à Abin. Também foram encontrados diversos pendrives físicos, cuja investigação apura se também pertencem à agência de inteligência.
Segundo a Abin, Ramagem participou de processo de devolução de carga patrimonial e devolveu celulares e notebook. Porém, agora a Abin apura que equipamentos seriam esses que ainda estariam com o parlamentar quase dois anos após deixar o comando da agência.
Ainda de acordo com o órgão, todo o acesso de Ramagem foi cortado em março de 2022, quando ele deixou o cargo. E mesmo que tenha mantido os equipamentos em sua posse, não tem acesso aos sistemas.
Em entrevista à CNN, Ramagem disse que entregou os equipamentos atuais e afirmou que uma análise simples pode comprovar que não havia nenhum acesso ao sistema da Abin.
“Eu entreguei os que eu tinha atual, e alguns da Abin estavam no canto, eles não estão sendo utilizados. A perícia vai poder dizer que claramente eu não utilizo há uns três anos ou mais. Eu nem sabia que eles eram da Abin. São cautelas minhas, não têm acesso a sistema algum, conexão alguma com a Agência Brasileira de Inteligência”, disse Ramagem.
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CNN BRASIL