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Nova estratégia nuclear aprovada pelos EUA reforça foco em China e Rússia

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou uma nova estratégia nuclear para enfrentar possíveis confrontos nucleares coordenados com Rússia, China e Coreia do Norte. Este movimento reflete a crescente preocupação com o desenvolvimento rápido do arsenal nuclear chinês e as ameaças recentes do presidente russo, Vladimir Putin, no contexto da guerra na Ucrânia. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 20, pelo New York Times, destacando a seriedade da situação atual.

Qual é a Nova Estratégia Nuclear Americana?

De acordo com o jornal, a estratégia revisada foi aprovada no início deste ano. No entanto, a Casa Branca sublinhou que esta mudança não foi uma resposta direta a nenhum país específico ou ameaça. Sean Savett, porta-voz da Casa Branca, declarou que, embora o texto exato da orientação seja confidencial, sua existência é conhecida. “A orientação emitida no início deste ano não é uma resposta a nenhuma entidade, país ou ameaça específica”, afirmou Savett. A nova política leva em conta o crescimento rápido do arsenal nuclear chinês, que pode, nas próximas décadas, se equiparar em tamanho e diversidade aos arsenais dos EUA e da Rússia.

Como esta Estratégia Afeta a Relação com a Rússia e a China?

A nova estratégia americana considera a expansão acelerada do arsenal nuclear chinês, que, segundo estimativas de inteligência dos EUA, pode se igualar aos arsenais dos EUA e da Rússia na próxima década. Esta mudança ocorre enquanto a Rússia, sob a liderança de Putin, continua a ameaçar o uso de armas nucleares no conflito com a Ucrânia. A Associação de Controle de Armas, com sede nos EUA, indicou que a postura e a estratégia nuclear americana permanecem alinhadas com a Revisão da Postura Nuclear de 2022 do governo Biden. Daryl Kimball, diretor executivo da associação, destacou que, embora a China possa aumentar seu arsenal nuclear de 500 para 1.000 ogivas até 2030, a Rússia ainda detém cerca de 4.000 ogivas, sendo o principal motivador por trás da estratégia nuclear dos EUA.

A estratégia revisada, chamada “Orientação de Emprego Nuclear”, foi aprovada por Biden em março, conforme reportado pelo Times. No entanto, uma notificação não confidencial sobre a mudança de política ainda não foi formalmente apresentada ao Congresso. Após anos de esforços para a redução de armas nucleares, a administração Biden tem sinalizado, recentemente, uma disposição maior para expandir o arsenal nuclear dos EUA em resposta às estratégias nucleares da China e da Rússia.

Estamos Próximos de uma Nova Corrida Armamentista?

Em fevereiro, os EUA alertaram seus aliados de que a Rússia poderia estar planejando colocar uma arma nuclear no espaço. Em junho, Pranay Vaddi, diretor sênior do Conselho de Segurança Nacional, avisou que, na ausência de uma mudança na estratégia nuclear por parte da China e da Rússia, os EUA estariam prontos para passar da modernização das armas existentes para a expansão de seu arsenal. Este novo posicionamento dos EUA ocorre enquanto o último grande acordo de controle de armas nucleares com a Rússia, o New Start, que estabelece limites para armas nucleares de alcance intercontinental, expira no início de 2026, sem que haja um acordo subsequente em vigor.

  • Expansão nuclear da China pode se igualar aos arsenais dos EUA e Rússia na próxima década.
  • Rússia mantém cerca de 4.000 ogivas nucleares atualmente.
  • Os EUA alertam seus aliados sobre planos russos de colocar armas nucleares no espaço.
  • Último tratado de controle de armas nucleares, o New Start, expira em 2026.
  • No mês passado, China e Rússia realizaram exercícios militares conjuntos.

China e Rússia agora estão mais alinhadas política e economicamente. No mês passado, bombardeiros de longo alcance chineses e russos patrulharam juntos perto do Alasca pela primeira vez e realizaram exercícios de fogo real no Mar do Sul da China. Essa nova cooperação pode alterar drasticamente o equilíbrio de poder global e impulsionar ainda mais a necessidade de vigilância e estratégia por parte dos Estados Unidos e seus aliados.


Fonte terra brasil

progrestino

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